UM DOS PRINCIPAIS CARTAZES DE NOSSOS LANÇAMENTOS

UM DOS PRINCIPAIS CARTAZES DE NOSSOS LANÇAMENTOS

domingo, 27 de fevereiro de 2011

ULTIMOS VERSOS DO DR JOAO QUIRINO DE MOURA HOMENAGEM AO MEU PADRE SANTO INACIO ROLIM

CCMPOSTO DE NOTICIAS DE ACORDO O NOME DO BLOG NO CASO DO ALMANAQUE DO SERTAO
SEQUENCIA DOS VERSOS  DO DR JOAO DE DEUS QUIRINO A REVISTA CAJAZEIRAS  DE PESQUISA  ESCOLAR  E AGORA NO BLOG DO ALMANAQUE  DO SERTAO  BREVE  ESTAREMOS PUBLICANDO ELE EM FOLHETIM  EXCLUSIVO COM A PARTICIPAÇAO DE OUTROS POETAS QUE HOMENAGEARAM O FUNDADOR DA CIDADE DE CAJAZEIRAS O MESTRE PADRE ROLIM O HOMEM QUE TROUSSE OS PRIMEIROS COLEGIOS PRO NORDESTE NA ERAS DE MIL E OITOCENTOS   EMTAO SEI ´PIMENTA  DA CAGEPA  GRANDE POETA DE MESA O POETA DE IMPROVISO  CHICO GUEDES MEU VIZINHO TEM  UM  GRANDE TRABALHO  SOBRE PADRE ROLIM TAMBEM EM VERSOS E POESIAS MATUTAS  AQUI FICA A HOMENAGEM DO NOSSO FOLHETIM ALMANAQUE DO SERTAO QUE AGORA PASSA A SER UM FOLHETIM ELETRONICAMENTE  ATRAVEZ  DA INTERNETE E DE COMPUTADOR VIA  MUNDO  ESTES BLOGS SÃO MUITO IMPORANTES PORQUE CADA UM  FAÇA  A SUA HISTORIA  A DIFERENÇA DE CHICO DO RADIO O SECRETARIO DO POVO QUE NÃO SE PREOCUPA MUITO COM NOTICIAS DE POLITICA OU POLITICOS  E SIM A  NOSSA VERDADEIRA CULTURA LEIA NOSSOS VERSINHOS OUVINDO A  RADIO CULTURA FM DE CAJAZEIRAS AQUI MÊSMO  NESTE BLOG
  1. Sobre esses pormenores
De escola, outro relato,
Afirma que o Mestre Antonio
A vir cumprir o contrato
INÁCIO já não estava
Por que então se encontrava
Estudando lá no Crato.

  1. Essas minúcias históricas
Não valem a pena envolver
Sobre INÁCIO o que precisa
A juventude saber
É que ele nos ficou
Como o Mestre que ensinou
Nossa Paraíba a ler.

  1. Numa estrofe atrás já vimos
Que cajazeira nascia,
O carro do crescimento
De ladeira abaixo ia
Mas sem livros, logo atola,
Por isso abriu-se u’a escola
Numa velha serraria.

  1. INÁCIO viu logo cedo
A grande necessidade
De que os seus conterrâneos
Tivessem escolaridade:
O prédio da serraria
A partir dali seria
A escola da mocidade.




  1. Logo se chamou COLÉGIO
Nome muito merecido,
Varias gerações lembram
Por nele tem aprendido,

COLÉGIO PADRE ROLIM

Ainda hoje é assim
Que o prédio é conhecido.

  1. INÁCIO ROLIM nasceu
Pra ser padre e professor,
Bem poderia ter sido
Fazendeiro, agricultor,
Mas não, só quis aprender
E sua sede de ler
O tornou febril leitor.

  1. Manifestou desde cedo
Vocação acentuada
Para aprender língua antiga
Que era logo assimilada,
O GREGO, notadamente,
No qual tornou-se fluente
Professor de nomeada.
    
  1. Dominava o PORTUGUÊS
Para consumo e didática,
LATIM, falava corrente,
FRANCÊS, de maneira enfática,
GREGO? Sabia u’a soma
Tanto que desse idioma
Escreveu uma GRAMÁTICA.




  1. Foi intelectual
Recatado e timorato
Tanto que classificou
Sua GRAMÁTICA de EXTRATO,
Avisando a quem o lia
Ser FREI CUSTÓDIO FARIA
Autor de mais fino trato.

  1. Dizia isso porque
Foi na gramática do frei
Que baseou o seu livro,
Depois que me interei
Do seu amor a verdade,
Lisura e honestidade
Bem mais o admirei.

  1. Essa língua complicada
Pra ele não tinha arcano
Tanto isso é verdadeiro
Quando por mais de ano
Com sapiência invulgar
Foi professor titular
No LICEU PERNANBUCANO.

  1. Poderia muito bem
Ter ficado em Pernambuco,
A Veneza brasileira,
Terra de Joaquim Nabuco
Mas ouvindo o coração
Veio viver no sertão
Até morrer de caduco





  1. Poderia se dizer
Que não agiu com bom senso
Por que como sacerdote
E com saber tão extenso
Ficando na capital
Sua ascensão clerical
Teria um futuro imenso

  1. Mais o homem tinha a alma
Onde estava seu umbigo,
Queria ensinar seu povo
Buscar a deus, plantar trigo;
A terra que o viu nascer
Teria de acolher
Os seus restos num jazigo.

  1. Por isso o Nordeste tem
Um débito milionário
Com esse servo das letras
Que mesmo visionário
Fez obra tão positiva
Mantendo a memória viva
Dele e seu educandário.

  1. Do seminário de Olinda
Onde teve a fonte ungida
Com a sagração da cúria
A escola construída
Nos sertões do seu estado
Há muito pra ser falado
Da sua história de vida.



  1. Por espírito de renúncia
Quando um dia convidado
Para ser secretário
De educação do estado
Declinou do alto posto
Para não causar desgosto
Ao seu modesto alunado.

  1. Poderia ter ficado
Lecionado em Olinda
Que tinha lhe oferecer
Cultura e paisagem linda,
Como o padre e o professor
Tinha assas de condor
Para voar mais alto ainda.

  1. Não quis por que não queria
Afasta-se do seu meio
Até que a seca malvada
De 77 veio
Como apetite medonho
Bebeu água, comeu sonho
Desenhado um quadro feio.

  1. Os alunos foram embora,
A sede matou o galo,
Só restou folha e garrancho
Pelo campo esturricado,
Por culpa da natureza
O padre viu com tristeza
O seu colégio fechado.





  1. O comercio sem freguês
Perdeu o vigor de antes,
Pelas estradas poeirentas
As levas de retirantes
Como zumbís caminhavam
            E nas pegadas deixavam
As esperanças restantes.

  1. O PADRE INÁCIO lutou
Com toda foca, mas viu,
Que o sonho de tantos anos
Aos pés da seca ruiu;
Quase o padre sucumbia
Quando o amanheceu um dia
Que o colégio não abriu

  1. Enquanto o sol insistia
Em manter a luz acesa
Queimando o verde que ainda
Restava na redondeza
O septuagenário
Ruminava o corolário
De sua imensa tristeza

  1. Do colégio a seca braba
Cerrou aporta do frete,
Poá alguns anos ficou
Sem acolher um discente
Passada a fase nociva
Houve uma tentativa
De abrir-lo novamente.




  1. Mas infelizmente não
Teve sucesso esperado
Então o PADRE ROLIM
Agora, velho, alquebrado
Recolheu-se constrangido
Embora reconhecido
Pelo serviço prestado.


  1. É que fora agraciado
      Com distinção e louvor;
Deu-se-lhe A ORDEM DE CRISTO
No grau de comendador
E pela vida operosa
Fez jus a ORDEM DA ROSA
Por graça do imperador.


  1. A COLEÇÃO PARAÍBA,
SIM SENHOR! Vai prosseguir
Falando daqueles que
Ajudaram construir
A PARAÍBA PEQUENA
Mas que, ALTIVA E SERENA
Faz o futuro sorrir.


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