CCMPOSTO DE NOTICIAS DE ACORDO O NOME DO BLOG NO CASO DO ALMANAQUE DO SERTAO
SEQUENCIA DOS VERSOS DO DR JOAO DE DEUS QUIRINO A REVISTA CAJAZEIRAS DE PESQUISA ESCOLAR E AGORA NO BLOG DO ALMANAQUE DO SERTAO BREVE ESTAREMOS PUBLICANDO ELE EM FOLHETIM EXCLUSIVO COM A PARTICIPAÇAO DE OUTROS POETAS QUE HOMENAGEARAM O FUNDADOR DA CIDADE DE CAJAZEIRAS O MESTRE PADRE ROLIM O HOMEM QUE TROUSSE OS PRIMEIROS COLEGIOS PRO NORDESTE NA ERAS DE MIL E OITOCENTOS EMTAO SEI ´PIMENTA DA CAGEPA GRANDE POETA DE MESA O POETA DE IMPROVISO CHICO GUEDES MEU VIZINHO TEM UM GRANDE TRABALHO SOBRE PADRE ROLIM TAMBEM EM VERSOS E POESIAS MATUTAS AQUI FICA A HOMENAGEM DO NOSSO FOLHETIM ALMANAQUE DO SERTAO QUE AGORA PASSA A SER UM FOLHETIM ELETRONICAMENTE ATRAVEZ DA INTERNETE E DE COMPUTADOR VIA MUNDO ESTES BLOGS SÃO MUITO IMPORANTES PORQUE CADA UM FAÇA A SUA HISTORIA A DIFERENÇA DE CHICO DO RADIO O SECRETARIO DO POVO QUE NÃO SE PREOCUPA MUITO COM NOTICIAS DE POLITICA OU POLITICOS E SIM A NOSSA VERDADEIRA CULTURA LEIA NOSSOS VERSINHOS OUVINDO A RADIO CULTURA FM DE CAJAZEIRAS AQUI MÊSMO NESTE BLOG
- Sobre esses pormenores
De escola, outro relato,
Afirma que o Mestre Antonio
A vir cumprir o contrato
INÁCIO já não estava
Por que então se encontrava
Estudando lá no Crato.
- Essas minúcias históricas
Não valem a pena envolver
Sobre INÁCIO o que precisa
A juventude saber
É que ele nos ficou
Como o Mestre que ensinou
Nossa Paraíba a ler.
- Numa estrofe atrás já vimos
Que cajazeira nascia,
O carro do crescimento
De ladeira abaixo ia
Mas sem livros, logo atola,
Por isso abriu-se u’a escola
Numa velha serraria.
- INÁCIO viu logo cedo
A grande necessidade
De que os seus conterrâneos
Tivessem escolaridade:
O prédio da serraria
A partir dali seria
A escola da mocidade.
- Logo se chamou COLÉGIO
Nome muito merecido,
Varias gerações lembram
Por nele tem aprendido,
COLÉGIO PADRE ROLIM
Ainda hoje é assim
Que o prédio é conhecido.
- INÁCIO ROLIM nasceu
Pra ser padre e professor,
Bem poderia ter sido
Fazendeiro, agricultor,
Mas não, só quis aprender
E sua sede de ler
O tornou febril leitor.
- Manifestou desde cedo
Vocação acentuada
Para aprender língua antiga
Que era logo assimilada,
O GREGO, notadamente,
No qual tornou-se fluente
Professor de nomeada.
- Dominava o PORTUGUÊS
Para consumo e didática,
LATIM, falava corrente,
FRANCÊS, de maneira enfática,
GREGO? Sabia u’a soma
Tanto que desse idioma
Escreveu uma GRAMÁTICA.
- Foi intelectual
Recatado e timorato
Tanto que classificou
Sua GRAMÁTICA de EXTRATO,
Avisando a quem o lia
Ser FREI CUSTÓDIO FARIA
Autor de mais fino trato.
- Dizia isso porque
Foi na gramática do frei
Que baseou o seu livro,
Depois que me interei
Do seu amor a verdade,
Lisura e honestidade
Bem mais o admirei.
- Essa língua complicada
Pra ele não tinha arcano
Tanto isso é verdadeiro
Quando por mais de ano
Com sapiência invulgar
Foi professor titular
No LICEU PERNANBUCANO.
- Poderia muito bem
Ter ficado em Pernambuco,
A Veneza brasileira,
Terra de Joaquim Nabuco
Mas ouvindo o coração
Veio viver no sertão
Até morrer de caduco
- Poderia se dizer
Que não agiu com bom senso
Por que como sacerdote
E com saber tão extenso
Ficando na capital
Sua ascensão clerical
Teria um futuro imenso
- Mais o homem tinha a alma
Onde estava seu umbigo,
Queria ensinar seu povo
Buscar a deus, plantar trigo;
A terra que o viu nascer
Teria de acolher
Os seus restos num jazigo.
- Por isso o Nordeste tem
Um débito milionário
Com esse servo das letras
Que mesmo visionário
Fez obra tão positiva
Mantendo a memória viva
Dele e seu educandário.
- Do seminário de Olinda
Onde teve a fonte ungida
Com a sagração da cúria
A escola construída
Nos sertões do seu estado
Há muito pra ser falado
Da sua história de vida.
- Por espírito de renúncia
Quando um dia convidado
Para ser secretário
De educação do estado
Declinou do alto posto
Para não causar desgosto
Ao seu modesto alunado.
- Poderia ter ficado
Lecionado em Olinda
Que tinha lhe oferecer
Cultura e paisagem linda,
Como o padre e o professor
Tinha assas de condor
Para voar mais alto ainda.
- Não quis por que não queria
Afasta-se do seu meio
Até que a seca malvada
De 77 veio
Como apetite medonho
Bebeu água, comeu sonho
Desenhado um quadro feio.
- Os alunos foram embora,
A sede matou o galo,
Só restou folha e garrancho
Pelo campo esturricado,
Por culpa da natureza
O padre viu com tristeza
O seu colégio fechado.
- O comercio sem freguês
Perdeu o vigor de antes,
Pelas estradas poeirentas
As levas de retirantes
Como zumbís caminhavam
E nas pegadas deixavam
As esperanças restantes.
- O PADRE INÁCIO lutou
Com toda foca, mas viu,
Que o sonho de tantos anos
Aos pés da seca ruiu;
Quase o padre sucumbia
Quando o amanheceu um dia
Que o colégio não abriu
- Enquanto o sol insistia
Em manter a luz acesa
Queimando o verde que ainda
Restava na redondeza
O septuagenário
Ruminava o corolário
De sua imensa tristeza
- Do colégio a seca braba
Cerrou aporta do frete,
Poá alguns anos ficou
Sem acolher um discente
Passada a fase nociva
Houve uma tentativa
De abrir-lo novamente.
- Mas infelizmente não
Teve sucesso esperado
Então o PADRE ROLIM
Agora, velho, alquebrado
Recolheu-se constrangido
Embora reconhecido
Pelo serviço prestado.
- É que fora agraciado
Com distinção e louvor;
Deu-se-lhe A ORDEM DE CRISTO
No grau de comendador
E pela vida operosa
Fez jus a ORDEM DA ROSA
Por graça do imperador.
- A COLEÇÃO PARAÍBA,
SIM SENHOR! Vai prosseguir
Falando daqueles que
Ajudaram construir
A PARAÍBA PEQUENA
Mas que, ALTIVA E SERENA
Faz o futuro sorrir.
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