Archive for category Saturno

Comportamento orbital de Titã pode sugerir a presença de vasto oceano sob a superfície da maior lua de Saturno?

O perfil da enigmática lua Titã aparece neste mosaico construído a partir de 2 conjuntos de 3 fotos cada (3 filtros: azul, verde e vermelho). A Cassini mostra aqui a atmosfera de Titã em destaque. As fotos foram capturadas em 12 de outubro de 2009 a uma distância de 145.000 km de Titã. Crédito: NASA/JPL/missão Cassini
Por sete anos a sonda Cassini tem nos enviado informações importantes de Saturno e suas luas, dados estes que mudaram drasticamente a maneira pela qual entendíamos o planeta ‘senhor dos anéis’ e seus intrigantes satélites. Titã, a maior lua de Saturno e que disputa com Ganimedes (lua de Júpiter) o título de maior lua do Sistema Solar, tem sido um alvo particular de atenção pela missão Cassini devido a sua densa e complexa atmosfera, sua atividade meteorológica e a marcante presença superficial de lagos e oceanos.

Cassini revela criovulcões em Titã, lua de Saturno

Esta imagem foi retirada de um vídeo de uma passagem simulada da sonda Cassini pela região Sotra Facula em Titã. Crédito: NASA/JPL-Caltech/USGS/Universidade do Arizona (clique na imagem para ver o vídeo em formato Quicktime)
A sonda Cassini da NASA revelou a presença de vulcões de gelo em Titã, lua de Saturno. Tratam-se de vulcões criogênicos que ejetam gelo de forma que lembra os da Terra, que expelem rocha derretida.
Os dados topográficos de Titã e sua composição superficial permitiram aos cientistas encontrar o melhor exemplo até agora no Sistema Solar exterior de uma formação vulcânica que expele gelo. Os resultados foram apresentados esta semana na reunião da União Americana de Geofísica em São Francisco.

Descoberta de oxigênio livre na atmosfera da lua Réia em Saturno intriga cientistas

Em 02 de março de 2010 Cassini deu um rasante passando a 97 km de Réia e mediu sua atmosfera. Crédito da imagem ©: Science/AAAS e Universe Today
A sonda Cassini da NASA realizou um vôo rasante (fly-by) sobre Réia (a segunda maior lua de Saturno) e observou a presença de uma tênue atmosfera composta de Oxigênio (70%) e Dióxido de Carbono (30%). Os cientistas estimam que esta camada de ar é possivelmente sustentada por processos de decomposição química na superfície desta lua gelada.
Assim, uma química bastante interessante pode estar em andamento na superfície de Réia por causa da presença do Oxigênio livre em sua evanescente atmosfera. Isto está intrigando os cientistas que pensam agora sobre o que está provocando este cenário na superfície congelada de Réia.

Cassini revela as auroras dançantes de Saturno

Auroras dançantes em Saturno capturadas pela sonda Cassini. Crédito: VIMS Team, JPL, ESA, NASA
Auroras dançantes em Saturno capturadas pela sonda Cassini. Crédito: VIMS Team, JPL, ESA, NASA

O que gera as auroras de Saturno?

Para buscar a resposta, os astrônomos analisaram centenas de fotos de Saturno no espectro do infravermelho, capturadas pela sonda robótica Cassini, obtidas para outras finalidades, em um esforço para encontrar imagens de auroras o suficiente para correlacionar suas mudanças e construir seqüências interessantes e esclarecedoras.

Cassini revela detalhes da cratera Herschel em Mimas, lua de Saturno

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A sonda robótica Cassini executou um rasante em Mimas, em 13 de fevereiro de 2010 e capturou esta detalhada imagem da mega cratera Herschel.

A evolução da Inteligência Artificial é um requisito mandatório para as viagens interestelares

Vamos falar de uma “singularidade”, na qual a inteligência artificial chega a tão elevado nível que se situa além da atual capacidade humana de compreensão. Inevitavelmente, tal capacidade superior tem sido considerada no âmbito dos estudos da sobre a exploração interestelar.
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Alguns autores têm especulado, tal como Paul Davies o fez em The Eerie Silence (O Estranho Silêncio: renovando nossa busca pela inteligência extraterrestre), que qualquer civilização que venhamos a fazer contato no futuro provavelmente será composta tão somente por máquinas inteligentes, conseqüência natural da evolução da tecnologia de engenharia de software. Mas, mesmo sem esta habilidade singular, parece-nos óbvio, à medida que nos distanciamos da Terra, que a inteligência artificial forcosamente terá que desempenhar um papel crescente na exploração do espaço.

Cassini mostra como Enceladus deixa bolhas de plasma em seu caminho pelo espaço

Cassini em flyby sobre Enceladus por Karl Kofoed/NASA
Cassini em flyby sobre Enceladus para investigar as plumas emitidas pelos gêiseres encontrados em suas fissuras na região próxima ao pólo sul. Crédito © 2008: Karl Kofoed/NASA
O papel que Enceladus exerce em relação a magnetosfera de Saturno pode ser similar ao da lua Io em Júpiter, a qual insere plasma no espaço interior da magnetosfera joviana.
Observações de como Enceladus interage com o seu ambiente mostram como esta lua peculiar deixa um complexo padrão de ondas e bolhas em seu rastro na órbita ao redor de Saturno. Sheila Kanani falou sobre este tema e apresentou sua pesquisa na Reunião Nacional de Astronomia da RAS em Glasgow, no dia 14 de abril de 2010.

Dinâmica dos fluidos: o misterioso Hexágono de Saturno foi recriado em laboratório

Esta animação capturada pela Cassini foi possível de ser obtida pois o polo norte de Saturno permaneceu escurecido durante o inverno. A imagem mostra detalhes das tempestades que formam o misterioso desenho hexagonal que tem intrigado os cientistas.
Esta animação capturada pela Cassini foi possível de ser obtida pois o polo norte de Saturno permaneceu escurecido durante o inverno. A imagem mostra detalhes das tempestades que formam o misterioso desenho hexagonal que tem intrigado os cientistas.
Saturno ostenta uma das características geométricas mais desconcertantes do Sistema Solar: um hexágono gigante ao redor de seu pólo norte. Embora este misterioso hexágono não seja tão famoso quanto a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, esta anomalia em Saturno é igualmente enigmática. Agora, os cientistas recriaram esta estrutura em laboratório, utilizando não mais do que água, corante e uma mesa giratória, dando um grande passo, dizem os especialistas, para finalmente decifrar este enigma no planeta senhor dos anéis.

26 de março de 2004 – Cassini envia fotos de Saturno o Senhor dos Anéis

Não Há Dia Sem História

26 de março de 2004

Cassini celebra 6 anos de viagens ao redor do Senhor dos Anéis

Saturno pela Cassini em 6 de outubro de 2004
Saturno fotografado pela Cassini em 6 de outubro de 2004
No dia 26 de março de 2004, há seis anos, a NASA apresentava fotografias de Saturno, tiradas pela sonda Cassini, que se aproximava do planeta gigante gasoso. A Cassini levava a bordo, além dos seus equipamentos próprios de pesquisa, uma pequena sonda, chamada Huygens, da Agência Espacial Européia – ESA, que faria um pouso, com pára-quedas, no maior satélite de Saturno, Titã.
Entre os planos da missão, estavam vários sobrevôos dos satélites de Saturno e passagens em meio aos anéis. É uma das mais ricas sondagens já feitas que tem trazido informações valiosíssimas.
A Cassini-Huygens fora lançada quase sete anos antes, em 15 de outubro de 1997, do Centro Espacial Kennedy. Sua fonte de energia, que está fazendo a sonda funcionar ainda hoje, é uma pilha de plutônio. A complexa navegação da Cassini incluiu sobrevôos de Vênus e da Terra, para aproveitar a assistência gravitacional a ganhar velocidade. A passagem “de raspão”, pela Terra, de uma espaçonave contendo plutônio, gerou temores de um risco de acidente com contaminação radiativa – que não houve.
Cassini fotografou todos os anéis de Saturno de uma só vez durante a ocultação de 2006
Cassini fotografou todos os anéis de Saturno de uma só vez durante a ocultação de 2006
Hoje, Cassini-Huygens tem sido considerada uma missão altamente vitoriosa, um sucesso retumbante. Como recompensa, um prêmio para todos nós, em 2010 a Missão Cassini ganhou verbas adicionais e teve seu prazo estendido até 2017.
Milton W.

25 de março de 1655 – Huygens descobre Titã

Não Há Dia Sem História

25 de março de 1655

Huygens: Titã e os anéis de Saturno

Titã é a maior lua de Saturno e a segunda maior lua do Sistema Solar
Titã é a maior lua de Saturno e a segunda maior lua do Sistema Solar
No dia 25 de março de 1655, início de primavera no hemisfério Norte, há 355 anos, o astrônomo holandês Christiaan Huygens descobriu o maior satélite de Saturno, Titã, um astro com diâmetro quase 1,5 vezes maior que a Lua, envolto numa densa atmosfera que reflete numa tonalidade alaranjada.
Huygens representa o passo seguinte a Galileu, na evolução da astronomia. Galileu, falecido em 1642, supunha que Saturno fosse um sistema triplo – uma possibilidade plausível, sim, mas um engano causado pela limitação do telescópio por ele utilizado. Huygens corrigiu o engano e deu um passo a frente, esclarecendo que as “protuberâncias” laterais de Saturno eram anéis. A diferença entre as distâncias, da Terra aos astros descobertos por Galileu e por Huygens, mostram ainda mais claramente a evolução.
Os quatro satélites de Júpiter descobertos por Galileu estão a uma distância de cerca de 630 milhões de quilômetros da Terra, na condição em que Galileu os focalizou com sua pequena luneta. Usando um telescópio um pouco maior, o olho de Huygens atingiu Titã a quase 1,3 bilhão de quilômetros.
Galileu fez parte de uma geração de pioneiros na observação do Sol. Huygens, um pouco mais adiante, inicia o estudo da luz e debate sobre a sua natureza, ondulatória ou corpuscular, com ninguém menos do que Newton. O seu “Tratado sobre a luz” é uma obra antológica.
Huygens entrou na faculdade aos 16 anos. Aos 22 publicou um trabalho sobre geometria (Theoremata de quadratura hyperboles, ellypsis et circulli – 1651) e mais tarde foi convidado por Luiz XIV para integrar o núcleo do que viria a ser a Academia de Ciências de Paris. Sempre se dedicou ao estudo do pêndulo, especialmente na aplicação em relógios. Descobriu Titã aos 26 anos.
Huyghens faleceu em 1695, aos 66 anos, tendo construído uma biografia sofisticada e marcada por uma relação honesta e serena com a ciência.
Milton W.