O VELHINDO DO ROÇADO POEMA DE EXPEDITO SOBRINHO OUTRO RETRATO FIEL DOS SERTÕES NORDESTE BRASILEIRO

UMA PUBLICAÇÃO DO ALMANAQUE DO SERTAO ATRAVEZ DE NOSSOS ESTUDOS E PESQUISAS ATUALIZADAS FIQUE EM DIA COM O TEMPO
Esta vendo aquele velhinho
Que anda todo envergonhado
Foi de trilha no Caminho que o levara ao roçado
Todo dia bem cedinho tomava seu cafezinho
Com pão bolacha e cuzcuz
Saia bem satisfeito, cantando dentro do peito
Os benditos de Jesus
Lá na pedreira lavrada quando amanhecia o dia
Batia logo a enxada e para o roçado seguia
Só pra almoçar voltava e na luta em nada enfadava
Pois era robusto e forte
Hoje soluça dizendo, meus olhos já estão vendo
Os negros grilhões da morte
Se senta lá no batente acende o cachimbo e fuma
E o peito velho não sente quase alegria nenhuma
Mas não esquece o roçado vendo a enxada
De um lado a ferrugem dando nela
E o velho sem alegria lembra as centenas de dias
Que puxou no cabo dela
Até a enxada sente suas lembranças passadas
Não sente assim como a gente
Mas lembranças as mãos calejadas
E o caminho do roçado esta por mato tapado
E o velhinho lembrado
Das pedrinhas que pisava onde passava e catava
Hoje recorda chorando
Para acalentar seu choro tinha a velhinha coitada
O velho chapéu de Couro um cachimbo e a enxada
E um cachorro veludo que lhe acompanhava em tudo
Com o tempo esta além
Hoje caçadas não faz
Que o d