UM DOS PRINCIPAIS CARTAZES DE NOSSOS LANÇAMENTOS

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segunda-feira, 21 de março de 2011

ESTE CONTEUDO FOI ESCRITO NO DIA QUARTOZE DE AGOSTO DOIS MIL E DEZ PARA OS FOLHETIM DO ALMANAQUE DO SERTAO PARA ESTE ANO DOIS MIL E ONZE 2011

CCMPOSTO DE NOTICIAS DE ACORDO O NOME DO BLOG NO CASO DO ALMANAQUE DO SERTAO Clima: projeções para a safra verão 2011 confirmam um novo episódio La Niña
Depois de um período de aproximadamente 01 (um) ano com águas aquecidas (El Niño), desde junho se observa um processo de resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial, indicando o retorno do fenômeno La Niña e alterações no clima já na próxima Primavera. O resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial deve aumentar gradualmente no decorrer deste inverno, com o La Niña totalmente configurado durante a Primavera e permanecendo durante o verão 2011. A previsão é de um episódio de intensidade moderada a forte e deve durar pelo menos até o outono de 2011. Lembrando ainda que o último La Niña ocorreu no Verão 2007/2008. Porém, dadas as características como intensidade, rapidez na formação e provavelmente duração, o episódio deste ano está muito semelhante com o observado no segundo semestre de 1998 e verão 1999.

Veja abaixo os principais impactos da La Niña para o segundo semestre de 2010 e verão 2011:

SOJA.
Para a lavoura de soja do Brasil o Fenômeno La Niña tem dois impactos bem caracterizados: Primeiro atrasa o retorno das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Enquanto para as lavouras do Sul do Brasil e também de Mato Grosso do Sul reduz a incidência de chuva e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão. Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático, principalmente quando comparado com o observado na safra passada. O retorno das chuvas este ano deve ocorrer somente no final de outubro e no decorrer de novembro, mesmo assim de forma muito irregular, o que deve implicar no atraso do plantio para as lavouras de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins, o que pode trazer problemas relacionados com doenças e dificuldade de colheita na fase final. Durante o verão as chuvas nesses estados devem apresentar um comportamento médio, com o risco das chuvas se prolongarem até abril e meados de maio, acarretando atraso na colheita o que pode levar a perdas no campo causados pela umidade, perdas mecânicas durante a colheita e perda da qualidade do grão, causado pela umidade alta. já as lavouras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e também de Mato Grosso do Sul não devem enfrentar grandes problemas na fase de plantio entre outubro e novembro, porém devem considerar o risco de estiagem durante os meses de verão. Inclusive, a continuidade do La Niña remete para um outono também com chuvas abaixo da média.


MILHO VERÃO.
Cenário climático para a lavoura de milho é muito semelhante às condições da lavoura de soja descritas acima. O risco aumenta principalmente para as lavouras do Sul do Brasil em função das estiagens no verão. Porém, para as lavouras do norte/noroeste do Rio Grande do Sul e do oeste de Santa Catarina que são implantadas mais cedo (em agosto) ainda podem se beneficiar das chuvas da primavera, podendo assim escapar do risco de estiagem que aumenta a partir de dezembro e durante o verão. Para as lavouras de milho do Nordeste do Brasil, incluindo o Agreste e Sertão Nordestino, a presença do La Niña num primeiro momento favorece para um bom período de chuvas ("inverno nordestino") que vai de fevereiro a maio. No entanto, a qualidade do período de chuvas ainda depende das condições do Oceano Atlântico, que no momento ainda não estão definidas. De qualquer forma, o cenário climático para 2011 é bem melhor que o observado na safra deste ano.

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